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POUCA GENTE TOPA ENCARAR AS EQUIPES DE ESPORTES DA GLOBO E DA TUPI

Escrito em 14 de maio de 2009 por Marcelo Delfino.

Cheguei a esta constatação ontem, ao procurar emissoras de rádio que estivessem transmitindo o jogo Flamengo x Internacional ou Corinthians x Fluminense, ambos no mesmo horário e pela Copa do Brasil. Estas AMs transmitiram Flamengo x Inter: Fluminense, Manchete, Brasil, Nacional, Globo, Tupi e RDC. A CBN transmitiu sozinha Corinthians x Fluminense.

Todas estas AMs têm ou tiveram um dia equipes esportivas, mas não transmitiram partida alguma: Sucesso (ex-Carioca), Tropical, Tamoio, Canção Nova (ex-Haroldo de Andrade), Metropolitana, Mundial, Bandeirantes e Livre. A Rádio Sucesso tinha uma equipe de esportes quando ainda era Rádio Carioca, mas a desfez. A Tropical ficou inexplicavelmente de fora. A Tamoio promete há tempos implantar a rede Tamoio Sports Sat. A Bandeirantes também desfez sua equipe de esportes, e a Rádio Livre fez o mesmo, para dar espaço para as corridas do Jockey Club.

As rádios Globo e Tupi dominam a maior parte da audiência esportiva do Rio de Janeiro. Pode-se dizer que a CBN e a Manchete também contam com uma boa audiência cativa. Mas a CBN é linha auxiliar da Globo, e a Manchete sofre com sua inconstância. Basta lembrar que é uma rádio do falido grupo Bloch arrendada por David Nasser, tendo sido antes arrendada por Jair Marquesini, pelo grupo Dial e pela igreja Deus é Amor.

Os radialistas esportivos e seus ouvintes, coitados, pulam de uma emissora para outra, a cada fechamento de uma equipe de esportes.

Parece que o modelo de rádio esportivo baseado em medalhões (locutores, comentaristas e repórteres) está esgotado, mas ainda não encontrou sucessor. A CBN bem que tenta implantar um modelo impessoal de transmissão esportiva, mas continua a reboque do modelo tradicional das bem-sucedidas Globo e Tupi. As demais AMs continuam naufragando na falta de audiência e de faturamento.

Jovens talentos continuam surgindo no rádio esportivo carioca. Mas com o dial sucateado como está, a renovação fica difícil. Se não fossem alguns tradicionais anunciantes de AM e o jabá dos cartolas, o rádio esportivo carioca sucumbiria de vez diante das transmissões de partidas locais pela TV aberta e pelos pay-per-views da vida.

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