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A HISTÓRIA DA FLUMINENSE FM ATÉ 2 DE AGOSTO DE 2002
Atenção: este texto foi escrito em 2 de agosto de 2002, alguns meses antes de a rádio deixar o formato rock. Foi publicado pela primeira vez na seção Rádios FM.
A outorga FM 94,9 sempre pertenceu ao grupo Fluminense, que permitiu à dupla Luiz Antonio Mello e Samuel Wainer Jr. criarem o maior orgulho da história da mídia niteroiense: a rádio rock Fluminense FM, a Maldita. Esta teve um período experimental de setembro de 1981 a 28 de fevereiro de 1982, que misturava música popular com clássicos do rock.
A programação rock estreou em 1º de março de 1982. O líder desta fase da Flu FM foi o próprio jornalista Luiz Antonio Mello, que permaneceu na emissora até 1º de março de 1985.
Confira a história completa dos melhores anos da Fluminense FM no endereço geocities.yahoo.com.br/rockinformacao949
A partir de 1º de outubro de 1994, a FM 94,9 se tornou uma franquia da rede pop paulista Jovem Pan FM. Uma reação contrária à nova programação fez a audiência declinar imediatamente. Esta só se recuperou quando a Jovem Pan niteroiense passou a privilegiar programas locais.
O grupo Fluminense desistiu da franquia no ano 2000. Segundo notícias extra-oficiais, dois fatores determinaram a desistência:
A alta participação nos lucros da franquia niteroiense, uma exigência da Jovem Pan paulistana;
A queda súbita de audiência, causada pela ascensão da rádio Cidade, que em meados de 2000 tentou retomar o rumo pop de suas origens.
Com o fim da Jovem Pan niteroiense, a FM 94,9 foi arrendada por um grupo de DJs cariocas, liderado por figuras insólitas como DJ Orelhinha e Marcelo Arar. Eles criaram a rádio Jovem Rio, cópia da Jovem Pan. A marca Jovem Rio pertencia aos franqueadores da 94,9, não ao Grupo Fluminense.
A Jovem Rio tentou manter a audiência da Jovem Pan, mas com a volta da rede paulista ao Rio, desta vez na outorga 102,1, a única FM niteroiense entrou em processo de audiência decrescente.
Segundo informações extra-oficiais, a Jovem Rio teve um grande prejuízo, quando patrocinou o reveillon 2001/2002 de Copacabana, sem obter retorno. Outro fato insólito foi o ataque de hackers ao portal da Jovem Rio, que foi totalmente apagado. A rádio encomendou outro portal a um "profissional" do ramo, que levou o pagamento e não entregou o novo portal.
Enquanto isso, a rádio Fluminense, a Maldita de Niterói, comemorava o grande sucesso, desde que voltou ao ar, pela freqüência AM 540, no dia 16 de julho de 2001, uma segunda-feira. Desde então, vem apresentando uma autêntica e excelente programação de rock, com a mesma ousadia da Fluminense FM de 1982, só que devidamente atualizada para o início do século XXI. Não há nenhuma restrição quanto a estilos de rock autêntico.
Juntando tudo isso à surra na audiência, o fim da Jovem Rio foi inevitável.
Após ter voltado à freqüência FM 94,9, às 10 horas de sexta-feira, dia 2/8/2002, a Maldita tem agora o objetivo de mostrar às concorrentes diretas do FM como se pode manter uma autêntica programação rock, sem deixar de obter anunciantes e parceiros o suficiente para se manter.
O coordenador da rádio é José Roberto Mahr, que está de volta à Fluminense. Ele já trabalhou lá durante algum tempo, junto com a magnífica equipe liderada por Luiz Antonio Mello, por volta de 1983 e 1984. Também trabalham na atual Fluminense autênticos especialistas em rock, como a locutora Lia Easter e o programador musical Leandro Souto Maior.
Quem mora no Rio e gosta de rock, não pode deixar de ouvir esta rádio. E também deve escrever para lá, cobrar bons programas, criticar maus profissionais que se atrevam a trabalhar lá (como os coordenadores que mataram a Flu FM em 1994), prestigiar as promoções e dar preferência para os anunciantes da Maldita.
Procure aqui artigos sobre a volta da Fluminense FM.
O primeiro dia
A Flu FM iniciou seus trabalhos com a narração de um trecho da obra de H. G. Wells, autor de "A guerra dos mundos". Logo depois, a primeira música: um cover do U2 para a canção "Paint it Black", dos Rolling Stones.
Depois, a locutora Lia Easter anunciou a volta da rádio, e iniciou o trabalho normal, colocando no ar a mesma planilha de músicas que estava no dia anterior na Flu AM.
No fim da primeira hora, foram ao ar os primeiros comerciais: da cerveja Skol e do biscoito Club Social, este um produto normalmente anunciado para os jovens. Sinais de que o departamento comercial está funcionando.
Logo após o intervalo, Lia Easter prometeu para todo o dia diversos depoimentos ao vivo sobre a volta.
Para surpresa dos ouvintes, o primeiro depoimento no estúdio foi de Luiz Antonio Mello, o fundador da primeira Fluminense FM. Nervoso e feliz, ele disse crer que a nova Flu FM provocará uma cambalhota no mercado musical brasileiro, maior do que a rádio de 1982. Deu parabéns ao seu sucessor, José Roberto Mahr, fez as pazes com o diretor Alexandre Torres (a quem fez elogios) e elogiou a nova estrutura tecnológica da Flu FM, com estúdios 100% informatizados, intranet em toda a rádio, servidores, etc. Uma estrutura que Luiz Antonio sempre sonhou para a primeira Flu FM.
Leia aqui artigo de julho de 2002, em que Luiz Antonio Mello aprova a nova FLUMINENSE FM.
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