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A HISTÓRIA DA FLUMINENSE FM DE ABRIL DE 2003 A ABRIL DE 2005
Atenção: este texto foi escrito em 5 de maio de 2003,
na época em que ar rádio tentava um formato de "música
contemporânea". Foi publicado pela primeira vez na seção Rádios FM.
Quem acompanha as publicações sobre rádio na Internet, percebeu que o maior inimigo da Fluminense FM, reinaugurada em 2 de agosto de 2002, estava dentro da própria emissora.
Alexandre Torres Amora (Torres por ser neto do saudoso jornalista Alberto Torres, e Amora por ser parente do carrasco da Flu FM de 1982, Ephrem Amora) sempre foi acometido pela síndrome do medo, desde que tomou posse como diretor-presidente do Grupo Fluminense, na virada dos anos 80 para os anos 90 do século XX.
Um medo muito maior e mais covarde do que aquele demonstrado por Regina Duarte e outros militantes do PSDB, no início do 2º turno da última eleição presidencial, quando o petista Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o tucano José Serra.
A programação roqueira da Fluminense FM foi mantida, em um nível razoável, até janeiro de 2003. De lá para cá, o carrasco Alexandre Torres sabotou a rádio, de várias maneiras, até conseguir destruir a programação e a paciência dos ouvintes.
Outro problema que matou a programação roqueira da Flu FM foi o próprio perfil neoliberal do jovem ouvinte de rock, no Grande Rio deste início de século XXI. Recentemente, nosso colaborador Alexandre Figueiredo deu seu parecer: "Sobre os problemas da Rádio Fluminense FM, acho também que os ouvintes em parte são culpados. Primeiro, eles pouco agem para que a Flu tenha uma programação ousada e permanente. Segundo, não fazem um protesto definitivo contra o fim dos programas e a demissão de parte de sua equipe. Terceiro, é o gosto musical deles, meio calcado na década de 90 e ainda viciado nos
hits. Esse pessoal já engoliu o pior do nu metal e vai engolir o pior do
emocore".
O resultado disso: a audiência da Flu FM caiu progressivamente, enquanto a Cidade FM aparecia freqüentemente no 5º lugar no IBOPE (será mesmo?), atrás apenas das rádios 98, FM O Dia, Melodia e Nativa.
Os ouvintes de rock autêntico já haviam perdido a paciência ha muito tempo, e voltaram a ouvir rock apenas em apresentações ao vivo, na Internet ou nos tradicionais CDs, LPs e cassetes.
Paralelamente, dos porões da radio-inquisição, surgiram vozes torcendo pelo fim da Flu FM, quem sabe torcendo também para que ela vire alguma
radiozinha, dessas bem neoliberais, como são algumas evangélicas pentecostais e algumas católicas carismáticas. Houve até uma indigesta discussão entre membros da Renovação Carismática Católica e os colaboradores deste TRIBUTO.
No mês de abril de 2003, permaneciam no ar apenas três programas da Flu FM de 2002: Rush, Drops 80 e Pista Dupla.
No dia 26 de abril, o sinal definitivo do golpe que estava chegando: o antes imbatível Drops 80 foi invadido por TRÊS canções dos anos 90: "Pedra, flor e espinho", do Barão Vermelho, "Vinte e nove", da Legião Urbana, e a insossa
"November Rain", do Guns'n Roses.
O golpe
Antes do feriado de 1º de maio, Alexandre Torres deu a ordem para José Roberto Mahr e Leandro Souto Maior: "A Fluminense FM não está tendo audiência. Já decidi: a partir deste feriado, a Fluminense FM passará a ser uma rádio adulta, com algumas coisas atuais. Não mais uma rádio rock".
Só que esta programação "pop-adulta" inventada pelo sr. Amora é a pior coisa que se já ouviu na história do FM do Rio. Imagine uma rádio adulta decadente, com uma seleção desleixada, que colocasse também o pior do pop dançante, e também aquelas canções calminhas e medíocres, dessas cantoras pop sem voz que infestam o rádio brasileiro. Pois é assim que está a ex-Maldita. Os programas Drops 80 e Pista Dupla foram extintos. O programa Rush permanece no ar, mas provavelmente será extinto rapidinho.
E mais: dirigentes da gravadora Spottlight já foram vistos ao lado do sr. Amora. Então, se preparem: ou a Flu FM toma vergonha, como rádio adulta, ou vira uma rádio pop igualzinha à Jovem Rio. Mas não com este nome, pois este não pertence ao Grupo Fluminense.
A radio-inquisição já ora fervorosamente pelo fracasso de todos estes formatos. Para que o sr. Amora faça um leilão com os mitológicos 94,9 MHz de Niterói. Não custa lembrar: a Canção Nova FM, uma emissora carismática de Cachoeira Paulista, que só toca música, e não transmite missas, nem palestras, nem orações, pode ficar doidinha para arrumar uma filial numa das pontas do eixo RJ-SP. A igreja Renascer em Cristo ou a Internacional da Graça de Deus pode tentar assumir o controle da Flu FM, se a Renascer quiser deixar a 107,9 ou a Nova Brasil retomar a 89,3. Isso sem falar da IURD, um perigo permanente.
Confira a história completa dos melhores anos da Fluminense FM no endereço geocities.yahoo.com.br/rockinformacao949
Procure aqui artigos sobre as aventuras e desventuras da Fluminense FM.
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