Voltar à seção Notícias Voltar à Página Principal

CRISE POLÍTICA PODE TRANSFORMAR ROQUETTE PINTO EM MALDITA CHAPA BRANCA

Escrito em 24 de novembro de 2009 por Marcelo Delfino.

A coisa é séria. A comunidade Dial Rio de Janeiro registrou tudo ontem:

Lucia

Bomba! Roquete Pinto em nova Maldita gera crise

A presidente da Rádio Roquete-Pinto, Eliana Caruso deve entregar o cargo ao governador Sérgio Cabral no final do ano. Não ficou nada satisfeita com os novos rumos que a 94 FM que vai virar a Rádio Rock do Rio de Janeiro, nos mesmos moldes da Maldita Fluminense FM. Todos sabem que como sou estudiosa no assunto. Entrei em contato com e me confirmaram que mudanças vão ocorrer assim que forem instalados os novos transmissores, no final do ano. O diretor artístico Humberto Effe, roqueiro aposentado, vai assumir às rédeas da 94 FM, numa derrubada da atual presidente, que foi quem o convidou para o cargo. Effe se aliou a ala mais radical da emissora, como o grupo AfroReggae, que já produz o programa Conexões Urbanas, o único que tem vaga garantida na nova programação. Assim, conseguiu cavar apoio do próprio governador Sérgio Cabral em busca de apoio nas eleições. A ironia é que o programa do próprio pai do governador, Sérgio Cabral, não terá mais espaço numa emissora de rock radical. Essa nova linha também é incompatível com o perfil da presidente Eliana Caruso com histórico uma vitoriosa carreira na área de produção cultural teatral e de exposições, incompatível com a Rádio Rock. Caruso já teria tido desentendimentos anteriores com relação a implantação na grade de programas voltados a esse público e agora deve pedir o seu boné. O grande problema é que nessa mesma comunidade, dezenas de colegas já manifestaram tiranias do Sr Effe, que já demitiu mais de 10 operadores em um ano, sofre denúncias de desvios da verba do Ecad (não paga desde que assumiu), sofreu acusações de pagamento para execução de músicas (o famoso jabá), não paga horas extras ou vales transporte e refeição e já perseguiu um colega dessa comunidade, que todos presenciamos porque criticou a programação. Além disso, com as mudanças, dezenas de funcionários devem ser demitidos por não se encaixarem na nova linha Maldita. Será que para ressurgimento da Maldita vale a pena o sacrifício dessa gente e entregar a rádio da população na mão desse homem ?

Lucia

Denúncias confirmadas pelo JB

Será que alguém da comunidade pode anexar link da Revista Domingo com a entrevista do Sr Humberto Effe que confirmam o que acabei de postar.
Obrigada

GUATI

Sou Roqueiro, mas rock com patifaria não

combina.....
Ouço a 94 Fm, mas desse jeito não.
E a turma afro hein .... Tão cheios de ética e defensores da etnia afro e se prestam a isso..... maneiro.

Ernesto (J.C)

Amigos, é a famosa coisa do feitiço virando contra o feiticeiro... quem mandou a dona Caruso colocar o Effe nisso?? alias a banda dele a antiga "Picassos Falsos" teve somente uns 4 sucessos tocados na mídia especializada em rock no radio no Brasil se não em engano, e a única musica a tocar na eterna Maldita foi "carne e osso" o resto dos sucessos ficou a cargo das outras emissoras mais "A Sides".... Eu concordo que o Rio esta precisando de uma radio Autentica de rock, mas como Disse o Guati, com patifaria política NÃO PRECISAMOS NÃO. E AGRADECEMOS AO SR. EFFE... que para mim nem Effede nem Cheira.... isso que dá quando se tem politicagem barata no governo.. entregam uma rádio que "nos" pertence para as mãos dos pseudos entendedores de Rádio. Será que algum dia esses Diretores de Rádios vão parar de pensar em fazer uma programação para massagear o próprio ego e começar realmente a administrar uma emissora????
Coitada da 94 FM (Roquete Pinto) dá muita pena... eu só quero ver que programação é essa de ""maldita" que eles vão colocar.. só quero ver... e só vai durar até o fim do mandato do Cabral... pois se ele sair toda corja vai junto.... pode escrever essa "nova" Maldita já nasceu com dia de sua morte programada escrevam isso.

RaImUnDo, Oo

eu quero é rock and roll

94,1 roquete fluminense


rsrsrsrs

RaImUnDo, Oo

agora que li vi que essa história é meio cabulosa..

é esperar o que vem por aí...

pelo menos alguém com espírito rockeiro,rs.

Andre

Essa historia ainda não me convence por completo...
aguarde cenas do próximo capitulo.

Paulo Becker

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

O Marcelo é muito engraçado , e Raimundinho vai ficar sem adesivos . ahuahuahuahuah

Voltando ao assunto do tópico é um querendo comer o outro (sem sacanagem) , ou melhor ... um querendo puxar o tapete do outro.

Marcelo

Maldita Chapa Branca FM 94,1

Gente, este tópico merecerá um texto específico no TRIBUTO.

Raimundo, estou decepcionado contigo. Será que sua ânsia por uma rádio rock é tanta que o faz renunciar à ética na política e apoiar patifaria e passaralho em rádio? Ainda posso voltar atrás naquela decisão de mandar adesivos da Kiss. Não sei se você merece. Ainda bem que, enquanto assisti o verdadeiro Garotinho hoje na Livraria Saraiva, esqueci de mandar os adesivos, que estavam na minha bolsa. É bom você rejeitar veementemente esse passaralho que o Humberto está promovendo na Roquette Pinto FM.

Eu não sei até onde e até quando vai essa aliança esdrúxula do funqueiro Cabral Filho com o roqueiro Humberto Effe. Até agora, só um benefício: acabar com o nepotismo de botar o Cabral Pai na rádio do Governo dirigido pelo filho. Eu sei que Cabral Pai entende muito mais de música que boa parte desta comunidade, mas merece um espaço numa rádio mais independente da família e do PMDB.

A Roquette Pinto FM deveria se tornar uma rádio pública, não governamental. Não pode ser transformada em brinquedo (pago pelos cofres públicos) na mão de aliados políticos que não tem competência para disputar espaço no mercado privado.

Bandas de rock protestaram contra a Guerra do Vietnã, contra o Apartheid, fizeram shows para combater a fome na África, o U2 faz shows pacifistas, bandas brasileiras protestaram contra a ditadura militar, contra o Sarney, contra o Collor, contra FHC e contra o Lula (como fizeram os Ratos de Porão). O rock é oposicionista pela própria natureza. Portanto, uma rádio rock governamental já nasce morta desde a origem. E essa Maldita Chapa Branca FM já tem data para sair do ar: a mesma em que Cabral Filho deixar o Governo estadual, entregando o cargo para alguém que transforme a rádio novamente numa baranga populista, como foi a FM 94 da era do abominável casal de Campos dos Goytacazes.

Isso tanto pode ser 1º de janeiro de 2011 como pode ser em 1º de janeiro de 2015.



Becker, tive que mudar o texto. Só coloquei umas palavrinhas a mais.

Alex

Segue o link com a matéria do Jornal do Brasil.
http://www.orkut.com.br/CommMsgs?cmm=39761155&tid=5406918017066771181
Mesmo sendo grande admirador do Rock And Roll, não gostaria de ver uma rádio estatal - principalmente no Rio - com uma programação dedicada a um gênero específico. Aqui nasceu a Bossa Nova, um novo estilo de Samba, o Choro... Sendo assim, acho inviável uma rádio pública segmentada, deixando de lado todas as outras vertentes.
É fato que deve haver abertura para novos artistas, mas nem a Fluminense FM era dedicada exclusivamente ao Rock.
Não acredito que uma "nova" Maldita vá nascer nos 94,1 MHz. Não é isso que fica subentendido na matéria da Revista Domingo.
Seria interessante uma Roquette Pinto de vanguarda, mas ao mesmo tempo cosmopolita, e que pudesse representar bem o nosso estado, com boa música, independente do estilo.

Ernesto (J.C)

Como eu não entendo nada de rádio arrisco a dizer que isso é um "gato morto" escrevam o que estou dizendo...

/+/Bruno Gusmão

Eita...Cabral ( funk ) + Effe ( Rock ) ??
Tô vendo uma nova Jovem Pan, Jovem Rio, Mix, surgindo ae...
¬¬

marcos

pode ser

que eles reativem a roquete pinto am levando toda a programação do fm, pois vai ser difícil uma radio como a roquete pinto que tem prestigio no samba ficar fora da cobertura dos carnavais, tendo em vista que nessa área a radio tem bons profissionais entendidos no assunto.

RaImUnDo, Oo

é minha gente...


o jeito é esquecer esta história nos 94,1 , pois não gosto de politicagem...

vo ficar naquela espera .....


Pô Marcelo, pega leve ,rsrsrs, já estou tentado por esses adesivos...

DJ Xandy Tubarão

tsc tsc tsc tsc....

Jaime

Que se dane a politicagem,o que eu quero é radio descente! Só isso!

E mais qualquer radio hoje pode acabar e isso também faz parte de uma política ,que pode ser pública(estado) ou pessoal(Privada),pois ambas não passam de politicagens e interesses que não é para todos,
pois política é outra coisa . . .Muito mais séria que isso!

Marcelo

Grande Raimundo! Ouviu a voz da consciência.


Matéria do Jornal do Brasil:

Revista Domingo EDIÇÃO DO DIA 22.11.2009 Páginas 26, 27 e 28

Por André Balocco


ROCK NA CABEÇA

NA DIREÇÃO DE RÁDIO ESTATAL, HUMBERTO EFFE, DO CELEBRADO PICASSOS FALSOS, QUER REVIVER OS TEMPOS EM QUE SAUDOSA EMISSORA "MALDITA" LANÇOU O ROCK BRASILEIRO

O estúdio é pequeno e a aparelhagem disponível, digamos, modesta para quem viveu a ciranda do rock nos anos 80. Cenário? Não, não há cenário. Mas Humberto Francisco Leite Martins “Effe” não precisa mais de palco. Duas décadas depois de se assustar com o espocar dos flashes no dia em que sua banda, a Picassos Falsos, assinou contrato com uma grande gravadora, numa festa que hoje em dia, como ele mesmo comenta, não acontece mais, Effe está de volta para encarar mais desafio - agora, com um microfone diferente: em vez da platéia diante de si, o público está no espaço sideral, mais precisamente nas ondas do rádio. Há cinco semanas, ele é o âncora do Sangue Novo, programa que, como diz o nome, se dedica a garimpar e lançar os talentos emergentes da música brasileira na Rádio Roquette Pinto, a 94,1 FM. Puro rock? Não. No Sangue Novo, o que vale é a miscelânea de estilos para ouvidos apurados e bem nascidos. “A ideia é valorizar os novos nomes do cenário nacional”, explica, ao lado de Clarice Azevedo, filha de Geraldo Azevedo, sua fiel escudeira que faz o programa com ele e serve como uma espécie de ponte entre seus 44 anos e os 20 e poucos da nova geração musical brasileira, que circula desenvolta pela Lapa. Clarice, aliás, ele conheceu na rádio. A filha de Geraldinho, autor de eternos sucessos como Táxi lunar, estuda jornalismo e produz o programa Choros, chorinhos e chorões, na própria rádio, além de ser cantora “de boca cheia” e estar gravando o primeiro CD.
“O Humberto só me chamou porque tenho amigos nesta cena noturna”, brinca. Distante dele agora. Effe não esconde, porém, que sente saudades dos tempos de noite, da época em que fazia shows a rodo, quando o cultuado Picassos Falsos emplacava hits como Quadrinhos, Carne e osso e Idade Média. “Estou de olho, aqui, na nova produção da música brasileira”, emenda, com os olhos fixos na lente do fotógrafo, que pede uma pose com mais “atitude” para conseguir a foto que “se encaixe melhor” na reportagem. Diante da solicitação, a advertência: “Veja lá, hein, meu amigo.... Eu sou uma autoridade nesta rádio”, sorri, ironizando sua própria condição. E abre os braços, abre a boca, exibe língua à la o Rolling Stone Mick Jagger.

”SE A BBC DE LONDRES É UMA RÁDIO ESTATAL E LANÇOU BEATLES E SEX PISTOLS, POR QUE A ROQUETTE PINTO NÃO PODE DAR CERTO?”


Mas peraí, um músico que fez sucesso com o BRock agora é uma autoridade? “Recebi um convite da Eliane Caruso (presidente da rádio) para assumir a vice-presidência em julho do ano passado e decidi aceitar o desafio. Se a BBC de Londres é uma rádio estatal e lançou Beatles, Sex Pistols, por que a Rádio Roquette Pinto não pode dar certo?”, pergunta, antecipando-se a um eventual (e improvável, diga-se de passagem) patrulhismo deste repórter. “Acompanhamos o governo e registramos os fatos, mas nosso noticiário não é chapa-branca, não... Ser uma rádio oficial não significa estar engessado. Ela pode estar conectada, ser uma porta de acesso cultural da sociedade”. Para tal, Effe tomou algumas atitudes: “Abrimos o nosso auditório para programas, dinamizamos a rádio. A Rádio Roquette Pinto representa uma parcela da cultura do Rio. Ampliamos os ouvintes abrindo a programação e a nossa audiência aumentou. Antes, ela era restrita a uma faixa etária mais avançada. Hoje em dia, não mais, apesar de preservar seu público fiel. O tradicional e o moderno se misturam”, prega, preocupando-se com a voz, que evita forçar, ciente da maratona de locução que tinha pela frente naquela abafada tarde de quarta-feira, quando gravaria o programa da semana que passou.

Longa distância


A expectativa pela chegada de novos transmissores até o fim do ano, que triplicarão a capacidade da FM 94,1, enche seus olhos. No horizonte, a importância que a Fluminense FM teve, na década de 80, lançando nomes do rock brasileiro que mudariam para sempre os rumos da música brasileira. Com o salto de 10 kw para 35 kw, quer levar a juventude para o ar e ajudar a consolidar a carreira de gente que considera muito boa que, infelizmente, não tem qualquer apoio para divulgação de seus trabalhos diante do cenário decadente que toma conta do Rio. Talvez inspirado na rádio que o aceitou de braços abertos nos anos 80 e transformou uma fita demo em hits imediatamente, Effe toca de tudo em seu programa, que vai ao ar às sextas-feiras, às 21h. De samba da Lapa misturado a techno até o rock, passando por música de raiz nordestina. O entrelaçamento web/rádio é, talvez, o maior desafio que move o vocalista do ainda vivo Picassos Falsos. A banda, parada há um ano mas ainda de pé como projeto (veja quadro), continua em seus planos. Porém, trabalhar na rádio é o que mais o fascina no momento. “A própria internet é uma rádio. O MySpace é rádio e a rádio tem de se aproximar disso. Uma rádio, se não tiver sua importância no cenário, deixa de ser uma rádio. E acho que as outras, agora, estão se conectando com as novas músicas”.

AS APOSTAS: EFFE INDICA 10 NOVOS NOMES QUE BRILHAM E AINDA VÃO BRILHAR


* 1 Luisa Mandou Um Beijo - A banda faz um rock que lembra Os Mutantes, meio bossa nova, com letras muito bacanas e enigmáticas. É conhecida no circuito independente.

* 2 Saravá Soul - Metade dos participantes é inglesa e a outra metade, brasileira. Toca um funk a la James Brown, Earth, Wind and Fire, misturando maracatu e coco.

* 3 Wado - Já está no terceiro disco, o Atlântico Negro. Tem influência da música moçambicana misturado ao pop. É de Alagoas.

* 4 Nina Wirt - É uma gaúcha “da Lapa”, que está há três anos no Rio. Está começando a gravar seu CD agora.

* 5 Manu Santos - Também vem da cena da Lapa e está gravando samba.

* 6 Thais Mota - Instrumentista, toca acordeom. Fez um disco instrumental agora de samba e música brasileira nordestina.

* 7 Jardim das Horas - Banda paulista com belas composições, une bem uma forma da música melodiosa brasileira com a textura da música eletrônica sem necessariamente ser para pista de dança.

* 8 Garotas Suecas - Banda de rock paulista, mistura tropicalismo com psicodelismo e jovem guarda.

* 9 Rachel Coutinho - Tem um disco, Olho d’água, com excelentes músicas. Mistura regional afro-brasileira, com maracatu, arande e coco, com textura eletrônica.

* 10 Marcelo Caldi - Também é da Geração Lapa e tem um disco. Faz samba com pegada rock’n’roll.

Voltar ao Início Voltar à seção Notícias Voltar à Página Principal